Coletivo lésbico de Uberlândia realiza rodas de conversas, oficinas e feirinhas em prol da visibilidade da comunidade
Ana Clara Souza
O Coletivo Lésbico de Uberlândia (CoLeUdi), fundado em julho de 2023, surgiu por meio do projeto de extensão SOMOS da Universidade Federal de Uberlândia, direcionado para temáticas LGBTQIA +. A necessidade de formar um coletivo à parte, veio através do reconhecimento de que haviam pautas e lutas específicas da comunidade lésbica a serem debatidas, que seguem fortalecendo a luta como um todo.
Atualmente, o coletivo conta com 18 membros e trabalha de uma forma bem orgânica e horizontal. Segundo Camila Paiva, advogada e uma das fundadoras do projeto, o CoLeUdi tenta ser o mais acolhedor e abrangente possível. “Existem várias formas de ‘ser lésbica’ e apesar do assunto ficar mais complexo com os debates sobre gênero e orientações, o coletivo tenta abarcar toda essa diversidade.”
O primeiro coletivo lésbico de Uberlândia
O CoLeUdi também se direciona a realizar reuniões que visam compreender quais as pautas dessa comunidade atualmente em Uberlândia. Sobre isso, Camila disse: “Nós reparamos que não conhecemos muito quais são nossas demandas locais. Mas, uma questão forte que trabalhamos é acerca da solidão da mulher lésbica, principalmente ao se descobrir.” Por isso, a importância do coletivo, acima de tudo, está em fornecer um local de acolhimento e pertencimento.
Além disso, para celebrar a importante data, existente desde 29 de agosto de 1996 - o Dia da Visibilidade Lésbica - e criada por ativistas brasileiras, o projeto organizou uma programção especial.
No sábado, 26 de agosto, o coletivo fechou a Rua João Velasco de Andrade e realizou um Sarau da Visibilidade Lésbica juntamente a uma “Feira Sapatonica”. O evento contou com a exposição de diversos trabalhos artísticos, além de atrações musicais e o apoio de bares locais como o Cecy Bar, Bar Miúdo e o Santa Beer.
Programção especial realizada no Cecy Bar
Programação realizada pelo Dia da Visibilidade Lésbica
A celebração, focada em empoderamento e a arte, buscou transmitir a riqueza e a multiplicidade de expressões da comunidade lésbica em um ambiente acolhedor, descontraido e aberto à todos que quisessem particpar e se engajar na luta do coletivo.
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